MENINOS DE RUA
O sol já nasce no horizonte,
os meninos de rua levantam-se
e o olhar triste perde-se nas lixeiras.
O dia vai alto
e as pernas dos meninos vagueiam
nas ruelas da cidade
à procura de restos dos avantajados.
Pobres meninos,
criaturas inocentes
a esperança do amanhã
desperdiçados na amargura da vida.
E a noite chega impiedosa
o ronco dos estômagos vazios
rompe o silêncio pesado e sinistro
e mais um dia se passou.
Quelimane (Madal)
3 de Março de 1996
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